O Parque da Cidade é um anseio antigo da população do nosso município e em particular das gentes de Esposende.
Apesar de já se falar de um parque da cidade em Esposende há muitos anos, só em 2013 foi apresentado um estudo que resultou do Concurso Internacional de Ideias lançado para este mesmo local, mas que, por razões diversas, não teve seguimento. Não há dúvidas que é determinante saber definir prioridades face aos parcos recursos financeiros de que o município dispõe, ainda para mais se considerarmos esta escala de investimentos. Foi por isso que optámos, em primeiro lugar, pelo investimento no Canal Intercetor que, para além de ser uma mais-valia do ponto de vista ambiental e de usufruto de espaços verdes pela população, resolve um grave problema estrutural da cidade, no que toca a inundações. E todos se lembrarão ainda, a título de exemplo, das inundações de 2013 que causaram graves prejuízos na nossa cidade e nas nossas freguesias.
Em 2016 avançamos com a elaboração do projeto, e depois das muitas dificuldades encontradas junto das entidades licenciadoras, só no final de 2020 logramos alcançar todos os pareceres favoráveis para prosseguir com o projeto de execução.
Conscientes das dificuldades inerentes à concretização de uma obra desta natureza, este foi sempre um processo conduzido com o máximo cuidado, sem criar falsas expectativas junto da população relativamente ao mesmo, apesar de continuarmos a trabalhar ininterruptamente para a sua concretização. E de facto, se considerarmos que estamos a falar de cerca de 30 hectares de terreno incluindo o alargamento para a margem sul, da construção de uma ponte pedonal e ciclável sobre o Cávado e da requalificação de quase todas as vias envolventes, percebemos a magnitude desta intervenção. A aquisição de terrenos e os valores financeiros que se estimam para a construção, aconselham moderação e planeamento da intervenção, nomeadamente a necessidade de a sua execução ser levada a cabo de forma faseada, ao mesmo tempo que se espreita uma oportunidade de financiamento através de fundos comunitários, única forma de acelerar este processo. É consabido que sem projetos não se consegue aceder a fundos comunitários, pelo que é importante concluir este projeto, aprovando-o na câmara e tratando do complexo processo de aquisição de terrenos, que pode até levar à expropriação dos mesmos.
Aquilo que vos pedimos é que, até ao final do corrente mês de fevereiro, apreciem a proposta agora apresentada e que nos possam fazer chegar contributos para melhorarmos este projeto, na certeza de que o mesmo será finalizado e imediatamente apresentado à Câmara Municipal, dando lugar ao processo de negociação/aquisição dos terrenos para a primeira fase.
Este é um processo voluntário, sem qualquer obrigatoriedade por parte do município, mas que reafirma a vontade de envolver as gentes do município, ou mesmo aqueles que nos visitam com frequência, na procura das melhores soluções para o nosso território.
Contribua e faça com que este projeto seja também um pouco seu.
Benjamim Pereira
Presidente da Câmara Municipal